Provada de forma incontestável fica também a influência positiva que esta realidade teve no comportamento do setor da Construção, nomeadamente por via dos trabalhos de manutenção e reabilitação residencial, o único segmento da atividade a registar, sensivelmente nos mesmos anos, um crescimento acumulado assinalável: 50%.
Numa análise recentemente produzida e publicada por aquela Associação, com o título “Os estrangeiros e a recuperação do Imobiliário”, conclui-se que, naquele período, “os compradores residentes fora de Portugal adquiriram 70,7 mil imóveis no País, num valor total de 11,1 mil milhões de euros, 12,3% do montante total das transações de imóveis” no mercado nacional.
O mesmo estudo constata ainda que, entre 2012, ano em que os não residentes gastaram 800 milhões de euros na aquisição de imóveis, e 2017, altura em que esse montante atingiu os 2.800 milhões de euros, o valor das vendas a estrangeiros revelou um aumento médio anual de 28%, com o ano de 2014 a ser o melhor para os efeitos em causa.
A AECOPS analisa ainda os dados do organismo de estatística do ponto de vista do valor unitário dos imóveis e da sua localização geográfica, que não é ocupada em primeiro lugar nem por Lisboa, nem pelo Porto, bem como em termos da nacionalidade dos adquirentes, e que, contrariamente ao que se poderia pensar, não é liderada pelos chineses, nem sequer em segundo lugar.